O livro traz vinte e três dos melhores textos do jornalismo literário internacional. Perfis de personalidades como Mike Tyson, Philip Roth, Benjamin Netanyahu, Amós Oz, Vladimir Putin e outros, traçados pelo editor de uma das mais prestigiosas revistas americanas. Posfácio de João Moreira Salles.
Quando foi convidado a assumir um dos postos mais cobiçados do jornalismo mundial, o de chefe da revista The New Yorker, David Remnick tinha 39 anos e apenas uma experiência como editor: o trabalho na revista do colégio. Por mais tentadora que fosse a proposta, Remnick ficou em dúvida. Seu negócio era escrever, não editar. Pouco depois de aceitar, e tornar-se o quarto editor nos 81 anos da revista, ele decidiu que continuaria escrevendo nas horas vagas. Este livro mostra que o editor do semanário nova-iorquino acertou. Sua disciplina para a observação minuciosa e atenção constante, aliados ao talento para registrar, numa prosa deliciosamente ágil, o cotidiano e o entorno de personalidades, transformaram os 23 textos deste livro em grandes exemplos daquilo que a revista faz de melhor.
As histórias aqui reunidas tratam de cinco temas, os mesmos a que Remnick se dedica desde que estreou como repórter, em 1982: poder, literatura, Rússia, Israel e boxe. No primeiro bloco, Remnick costura divertidos perfis de políticos como Tony Blair e Al Gore com histórias sobre outros furacões, como o Katrina, que destruiu Nova Orleans, e Katherine Graham, a publisher que dirigiu o Washington Post como um tornado.
Embora também agarre pelo rabo tornados do boxe, como Mike Tyson e Larry Holmes, os perfilados de Remnick são, de modo geral, bem mais comedidos. No bloco sobre escritores, por exemplo, ele leva o leitor a passeios generosos com alguns dos autores mais reclusos dos Estados Unidos, como Philip Roth e Don DeLillo, e abre a porta da casa de Alexander Soljenitsyn, prêmio Nobel russo, então exilado numa cidadezinha americana.
O conjunto de histórias sobre a Rússia, país onde atuou como correspondente e tema de um livro anterior que lhe valeu o prêmio Pulitzer, começa com o mesmo Soljenitsyn, agora voltando para casa, e segue até uma conversa bem informal com o então todo-poderoso Vladimir Putin.
Dentro da floresta tem ainda um vigoroso conjunto de histórias sobre o Oriente Médio, onde Remnick exibe claramente sua capacidade de ver, ouvir, analisar e relatar, com informação e graça.
Título original: Reporting: writings from The New Yorker
Tradução:
Celso Nogueira,
Álvaro Hattnher e
Ivo Korytowski
Páginas: 576
Formato: 16.00 X 23.00 cm
Peso: 0.871 kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 06/10/2006
ISBN: 9788535909197
Selo: Companhia das Letras
A sangue frio
Truman Capote
Fruto de uma intensa investigação, feita ao longo de meses, A sangue frio é um dos livros que fundaram o jornalismo literário, gênero que combina a objetividade factual e os recursos da narrativa de ficção. O clássico de Truman Capote conta a história da brutal chacina da família Clutter e dos autores do crime, executados em 1965.
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Chico Mendes - crime e castigo
Zuenir Ventura
No começo de 1989, Zuenir Ventura foi enviado ao Acre para uma série de reportagens sobre o assassinato do seringueiro Chico Mendes, ocorrido em dezembro de 1988. Os textos deram ao repórter o prêmio Esso de Jornalismo. Quinze anos depois, em 2003, Zuenir retornou à região para concluir a grande reportagem sobre o herói dos Povos da Floresta.
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Elogiemos os homens ilustres
James Rufus Agee
e Walker Evans
Concebido como reportagem sobre os efeitos da Grande Depressão, Elogiemos os homens ilustres foi recusado pela revista que o encomendou por romper os padrões de redação da época. Lançado em livro, tornou-se um clássico do jornalismo literário e da reportagem fotográfica, ao retratar de maneira original e arrebatadora a convivência do escritor James Agee e do fotógrafo Walker Evans com lavradores pobres do Alabama, em 1936.
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Fama e anonimato
Gay Talese
Textos que imprimem um retrato agudo do universo urbano de Nova York. Nas reportagens reunidas nesta antologia, o consagrado repórter americano ajudou a criar o "novo jornalismo". Publicado no Brasil em 1973 com o título de Aos olhos da multidão, o livro se tornou referência entre jornalistas e escritores. A edição inclui duas reportagens inéditas.
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A feijoada que derrubou o governo
Joel Silveira
Joel Silveira foi um dos pioneiros do jornalismo literário no Brasil. A feijoada que derrubou o governo reúne artigos, reportagens e crônicas sobre a política brasileira e internacional, contadas por esta verdadeira fera do texto jornalístico. Posfácio de Leão Serva.
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Filme
Lillian Ross
Ao acompanhar a realização de um filme de John Huston, a jornalista Lillian Ross compõe um quadro que revela os meandros da indústria cinematográfica americana e o ambiente controvertido de Hollywood. Com apresentação de Matinas Suzuki Jr. e posfácio de Davi Arrigucci Jr.
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Hiroshima
John Hersey
A reportagem clássica sobre a bomba atômica que devastou a cidade de Hiroshima em 1945: um retrato de seis sobreviventes escrito um ano depois da explosão. Quarenta anos mais tarde, o autor reencontrou os entrevistados e completou o trabalho. Hiroshima permitiu que o mundo tomasse consciência do catastrófico poder de destruição das armas nucleares.
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Homenagem à Catalunha
George Orwell
George Orwell foi um dos escritores que, como Hemingway e Saint-Exupéry, lutou pela República na Guerra Civil Espanhola; o que viu ali marcaria a sua defesa radical da liberdade, refletida nas obras Revolução dos bichos e 1984.
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Honra teu pai
Gay Talese
Neste clássico do jornalismo literário, o autor de O reino e o poder e A mulher do próximo narra a ascensão e a queda de uma das grandes famílias da máfia americana. Edição revista e ampliada pelo autor, com nova introdução de Pete Hamill.
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O livro das vidas
New York Times
O livro das vidas, uma seleção de obituários publicados no New York Times, é também uma aula de jornalismo, assinada por profissionais que combinam humor, ironia, poder de síntese e raro talento para contar a história de pessoas comuns que levaram vidas incomuns.
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A milésima segunda noite da avenida Paulista
Joel Silveira
Primeiro título brasileiro da coleção Jornalismo Literário, reúne textos do repórter que cobriu a Segunda Guerra a serviço de Assis Chateaubriand, o Chatô, que o considerava "uma víbora". Com reportagens, crônicas e entrevistas, o livro traça um panorama do país na década de 40, com a marca do bom humor e da ironia de Joel Silveira.
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Na pior em Paris e Londres
George Orwell
Misturando jornalismo documental e técnicas literárias da ficção, George Orwell narra sua experiência radical de viver na pobreza extrema em Paris e Londres, no final do anos 20, num relato pioneiro publicado pela primeira vez em 1933. Posfácio de Sérgio Augusto.
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O rei do mundo
David Remnick
Este livro reconstitui a história de Muhammad Ali, o maior lutador de boxe de todos os tempos. Recusando-se a assumir qualquer papel exemplar, Ali ajudou a transformar a política racial, a cultura popular e a noção de heroísmo dos norte-americanos, num tempo em que a vida se constituía numa série de enfrentamentos, dentro e fora do ringue.
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O reino e o poder
Gay Talese
Durante boa parte do século XX, The New York Times exerceu "o quarto poder" nos Estados Unidos. A história do jornal mais influente do mundo é apresentada aqui pelo editor Gay Talese, num clássico da história do jornalismo que ergue diante de nós o reino da imprensa, com suas lutas, conflitos e manipulações.
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O segredo de Joe Gould
Joseph Mitchell
Colaborador da revista The New Yorker, Mitchell foi um dos maiores jornalistas americanos do século XX. A reportagem "O segredo de Joe Gould" (1964) conta a história de um homem que vivia como um mendigo - perambulando pelo Greenwich Village, bairro boêmio de Nova York - e planejava publicar um livro monumental: História oral do nosso tempo.
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Stasilândia
Anna Funder
Em um relato de extraordinária qualidade literária, a australiana Anna Funder traça um emocionado perfil dos atos individuais de heroísmo e resistência que conduziram à queda do muro de Berlim. Posfácio de William Waack.
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Vida de escritor
Gay Talese
Gay Talese, um dos mais conceituados jornalistas norte-americanos - autor de O reino e o poder (uma história do New York Times) e A mulher do próximo (a crônica da liberação sexual americana nos anos 1960) - investiga agora o seu próprio trabalho.
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O voyeur
Gay Talese
Um voyeur, um motel, um segredo: a aguardada reportagem de um dos maiores nomes do Novo Jornalismo americano.
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Vultos da República
Um retrato mordaz - e certeiro - de figuras que, por afinidade ou manobra do destino, estão no centro do panorama político nacional. Escritos por grandes jornalistas da atualidade, os perfis da piauí são conhecidos por sua competência investigativa e pelo modo incomum de construir a identidade dos retratados.
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