Textos que imprimem um retrato agudo do universo urbano de Nova York. Nas reportagens reunidas nesta antologia, o consagrado repórter americano ajudou a criar o "novo jornalismo". Publicado no Brasil em 1973 com o título de Aos olhos da multidão, o livro se tornou referência entre jornalistas e escritores. A edição inclui duas reportagens inéditas.
No início dos anos 60, o repórter Gay Talese saiu pela ruas de Nova York e descobriu uma segunda Estátua da Liberdade, cuja única função seria confundir os desavisados. Constatou também que os nova-iorquinos piscavam em média 28 vezes por segundo; que sob chuva o movimento do comércio caía de 15% a 20%, mas menos gente se matava nesses dias; que um mergulhador ganhava a vida recuperando objetos perdidos no fundo da baía de Nova York; que as prostitutas promoviam anualmente um baile em homenagem aos cafetães da cidade, e que as faxineiras do Empire State encontravam mais ou menos 5 mil dólares por ano nas 3 mil salas do edifício.
Fama e anonimato está repleto de informações assim: aparentemente inúteis, mas que, nas mãos de um escritor de primeira categoria, imprimem a textura real da cidade e o rosto de seus habitantes. Nas três séries de reportagens reunidas neste livro - a primeira, sobre o estranho universo urbano que é Nova York; a segunda, sobre a saga da construção da ponte Verrazzano-Narrows, e a terceira, sobre artistas e esportistas americanos -, Talese abriu a picada do que mais tarde seria batizado de "novo jornalismo" ou jornalismo literário, um tipo de reportagem que alia um texto de alta qualidade a um olhar que foge aos lugares-comuns.
Foi esse espírito de observação que levou Gay Talese a escrever um perfil considerado exemplar pela leveza e audácia com que foi feito: "Frank Sinatra está resfriado". Nesse texto, incluído na terceira parte do livro, o repórter faz um retrato certeiro do cantor, sem que tenha conseguido entrevistá-lo.
Publicado no Brasil pela primeira vez em 1973, sob o título Aos olhos da multidão, o livro se tornou uma raridade disputada em sebos. Esta nova edição traz dois textos inéditos em livro, que narram a feitura do perfil de Sinatra e das matérias sobre a ponte Verrazzano-Narrows, além de um posfácio do jornalista Humberto Werneck.
Título original: Fame and obscurity
Tradução:
Luciano Vieira Machado
Páginas: 536
Formato: 14.00 X 21.00 cm
Peso: 0.656 kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 20/04/2004
ISBN: 9788535904895
Selo: Companhia das Letras
A sangue frio
Truman Capote
Fruto de uma intensa investigação, feita ao longo de meses, A sangue frio é um dos livros que fundaram o jornalismo literário, gênero que combina a objetividade factual e os recursos da narrativa de ficção. O clássico de Truman Capote conta a história da brutal chacina da família Clutter e dos autores do crime, executados em 1965.
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Chico Mendes - crime e castigo
Zuenir Ventura
No começo de 1989, Zuenir Ventura foi enviado ao Acre para uma série de reportagens sobre o assassinato do seringueiro Chico Mendes, ocorrido em dezembro de 1988. Os textos deram ao repórter o prêmio Esso de Jornalismo. Quinze anos depois, em 2003, Zuenir retornou à região para concluir a grande reportagem sobre o herói dos Povos da Floresta.
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Dentro da floresta
David Remnick
O livro traz vinte e três dos melhores textos do jornalismo literário internacional. Perfis de personalidades como Mike Tyson, Philip Roth, Benjamin Netanyahu, Amós Oz, Vladimir Putin e outros, traçados pelo editor de uma das mais prestigiosas revistas americanas. Posfácio de João Moreira Salles.
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Elogiemos os homens ilustres
James Rufus Agee
e Walker Evans
Concebido como reportagem sobre os efeitos da Grande Depressão, Elogiemos os homens ilustres foi recusado pela revista que o encomendou por romper os padrões de redação da época. Lançado em livro, tornou-se um clássico do jornalismo literário e da reportagem fotográfica, ao retratar de maneira original e arrebatadora a convivência do escritor James Agee e do fotógrafo Walker Evans com lavradores pobres do Alabama, em 1936.
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A feijoada que derrubou o governo
Joel Silveira
Joel Silveira foi um dos pioneiros do jornalismo literário no Brasil. A feijoada que derrubou o governo reúne artigos, reportagens e crônicas sobre a política brasileira e internacional, contadas por esta verdadeira fera do texto jornalístico. Posfácio de Leão Serva.
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Filme
Lillian Ross
Ao acompanhar a realização de um filme de John Huston, a jornalista Lillian Ross compõe um quadro que revela os meandros da indústria cinematográfica americana e o ambiente controvertido de Hollywood. Com apresentação de Matinas Suzuki Jr. e posfácio de Davi Arrigucci Jr.
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Hiroshima
John Hersey
A reportagem clássica sobre a bomba atômica que devastou a cidade de Hiroshima em 1945: um retrato de seis sobreviventes escrito um ano depois da explosão. Quarenta anos mais tarde, o autor reencontrou os entrevistados e completou o trabalho. Hiroshima permitiu que o mundo tomasse consciência do catastrófico poder de destruição das armas nucleares.
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Homenagem à Catalunha
George Orwell
George Orwell foi um dos escritores que, como Hemingway e Saint-Exupéry, lutou pela República na Guerra Civil Espanhola; o que viu ali marcaria a sua defesa radical da liberdade, refletida nas obras Revolução dos bichos e 1984.
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Honra teu pai
Gay Talese
Neste clássico do jornalismo literário, o autor de O reino e o poder e A mulher do próximo narra a ascensão e a queda de uma das grandes famílias da máfia americana. Edição revista e ampliada pelo autor, com nova introdução de Pete Hamill.
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O livro das vidas
New York Times
O livro das vidas, uma seleção de obituários publicados no New York Times, é também uma aula de jornalismo, assinada por profissionais que combinam humor, ironia, poder de síntese e raro talento para contar a história de pessoas comuns que levaram vidas incomuns.
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A milésima segunda noite da avenida Paulista
Joel Silveira
Primeiro título brasileiro da coleção Jornalismo Literário, reúne textos do repórter que cobriu a Segunda Guerra a serviço de Assis Chateaubriand, o Chatô, que o considerava "uma víbora". Com reportagens, crônicas e entrevistas, o livro traça um panorama do país na década de 40, com a marca do bom humor e da ironia de Joel Silveira.
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Na pior em Paris e Londres
George Orwell
Misturando jornalismo documental e técnicas literárias da ficção, George Orwell narra sua experiência radical de viver na pobreza extrema em Paris e Londres, no final do anos 20, num relato pioneiro publicado pela primeira vez em 1933. Posfácio de Sérgio Augusto.
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O rei do mundo
David Remnick
Este livro reconstitui a história de Muhammad Ali, o maior lutador de boxe de todos os tempos. Recusando-se a assumir qualquer papel exemplar, Ali ajudou a transformar a política racial, a cultura popular e a noção de heroísmo dos norte-americanos, num tempo em que a vida se constituía numa série de enfrentamentos, dentro e fora do ringue.
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O reino e o poder
Gay Talese
Durante boa parte do século XX, The New York Times exerceu "o quarto poder" nos Estados Unidos. A história do jornal mais influente do mundo é apresentada aqui pelo editor Gay Talese, num clássico da história do jornalismo que ergue diante de nós o reino da imprensa, com suas lutas, conflitos e manipulações.
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O segredo de Joe Gould
Joseph Mitchell
Colaborador da revista The New Yorker, Mitchell foi um dos maiores jornalistas americanos do século XX. A reportagem "O segredo de Joe Gould" (1964) conta a história de um homem que vivia como um mendigo - perambulando pelo Greenwich Village, bairro boêmio de Nova York - e planejava publicar um livro monumental: História oral do nosso tempo.
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Stasilândia
Anna Funder
Em um relato de extraordinária qualidade literária, a australiana Anna Funder traça um emocionado perfil dos atos individuais de heroísmo e resistência que conduziram à queda do muro de Berlim. Posfácio de William Waack.
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Vida de escritor
Gay Talese
Gay Talese, um dos mais conceituados jornalistas norte-americanos - autor de O reino e o poder (uma história do New York Times) e A mulher do próximo (a crônica da liberação sexual americana nos anos 1960) - investiga agora o seu próprio trabalho.
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O voyeur
Gay Talese
Um voyeur, um motel, um segredo: a aguardada reportagem de um dos maiores nomes do Novo Jornalismo americano.
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Vultos da República
Um retrato mordaz - e certeiro - de figuras que, por afinidade ou manobra do destino, estão no centro do panorama político nacional. Escritos por grandes jornalistas da atualidade, os perfis da piauí são conhecidos por sua competência investigativa e pelo modo incomum de construir a identidade dos retratados.
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