Um menino é obrigado a cruzar o descampado perto do vilarejo de Riachão da Frente para levar uma carta que a mãe escreveu a Zé Barbatão, o cangaceiro local. Na madrugada, as sombras no caminho e a ameaça do bando crescem conforme a narrativa avança, e a realidade parece a ponto de se romper. "Anda-luz", história que abre este volume, prenuncia o que virá nos oito contos seguintes.
Em Gótico nordestino, Cristhiano Aguiar caminha entre o sonho e a vigília, dialoga com outros gêneros e compõe um livro totalmente distinto do usual.
"Gótico nordestino se insere em lugar de destaque na nova leva de narrativas de horror, reinventando os medos atemporais a tudo que escapa da racionalidade. Cristhiano Aguiar irmana-se a nomes como Mariana Enríquez e Samantha Schweblin ao buscar uma síntese entre a cultura pop anglófona e as peculiaridades sociopolíticas de seu espaço na América Latina, produzindo uma obra de frescor e potência que mostra que o terror é a verdadeira chave para compreender a época em que vivemos." -- Antonio Xerxenesky
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