Seleção das crônicas publicadas em jornais cariocas e paulistas revelam um lado quase desconhecido do mestre do parnasianismo. Uma importante página da história da opinião pública brasileira.
A tradição literária brasileira ensina que Bilac foi poeta parnasiano. A partir dessa lição construiu-se o preconceito de que sua poesia é puro exibicionismo métrico e vocabular, prato cheio para aqueles que entendem literatura apenas como ornamento social. Outros ainda desconfiam dela, porque suas raízes são pouco verde-amarelas.Muitos, no entanto, ignoram que seus poemas sofreram forte concorrência, quando Bilac aderiu de maneira incansável ao jornalismo, exercendo-o nos mais diversos periódicos cariocas e paulistas durante vinte anos. Foi sobretudo graças à Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro que o poeta trocou de rumo e preferiu a formação da opinião pública em vez de agradar ao público.Nesse jornal de Ferreira de Araújo, que - novidade! - remunerava seus colaboradores, Bilac permanecerá durante muitos anos, assumindo o lugar que um dia fora de Machado de Assis. Como cronista, sua linguagem se transforma aos poucos e envereda cada vez mais pela objetividade e pela concisão. Ajustado, portanto, a essa função que lhe rendia público menos amplo que o livro de poemas, o cronista investe no imediato do seu espaço e faz da cidade o grande assunto de suas preocupações. Pode ser exagerado atribuir a ele a transformação urbana desencadeada no Rio de Janeiro a partir de 1904, sob a administração de Pereira Passos. Mas seria muito injusto, por outro lado, omitir sua parcela de responsabilidade nessa reforma e negar-lhe ainda participação na formação de uma consciência cívica e urbana brasileira.
Título original: Vossa insolência
Páginas: 416
Formato: 11.50 X 16.00 cm
Peso: 0.315 kg
Acabamento: Livro brochura
Lançamento: 13/12/1996
ISBN: 9788571646209
Selo: Companhia das Letras
Através do Brasil
Olavo Bilac
e Manoel Bomfim
Lançado em 1910, Através do Brasil é um marco da literatura paradidática brasileira. Substituindo as velhas cartilhas portuguesas, ofereceu aos leitores a possibilidade de descobrir os diferentes cenários sociais, geográficos e econômicos que compunham o Brasil da época.
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O carapuceiro
Padre Lopes Gama
Texto completo de 48 artigos selecionados de O carapuceiro, jornal escrito no Recife do século XIX pelo padre mestre frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, beneditino secularizado.
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Código do bom-tom
J. I. Roquette
Precioso guia de boas maneiras publicado em Portugal em 1845 e que logo ganhou uma legião de leitores fiéis na recém-criada corte imperial brasileira.
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Confissões da Bahia
Ronaldo Vainfas (Org.)
Texto fundamental para se compreender o Brasil quinhentista. Reunião de confissões de nossos colonos "sodomitas, bígamos, fornicários, blasfemos, bruxas e cristãos-novos", feitas ao Santo Ofício quando de sua missão especial na América portuguesa, em 1591.
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Diário de uma expedição
Euclides da Cunha
Diário de uma expedição reúne uma série de reportagens, pouco conhecidas, que Euclides da Cunha fez durante a Guerra de Canudos. Escritas no coração da batalha, sem tempo para hesitações ou reflexão, essas reportagens são o embrião de Os sertões, o "livro vingador", como o definiu seu autor.
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Glaura
Silva Alvarenga
Apontado como o mais brasileiro dos poetas árcades, pela admissão de motivos nacionais em seus poemas de feição neoclássica, Silva Alvarenga foi dos nossos mais notáveis intelectuais do século XVIII.
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História do Brasil pelo método confuso
Mendes Fradique
e Apparecida Saramago
Versão sarcástica da história nacional, de autoria de um humorista do início do século XX. Mendes Fradique promove a mais estapafúrdia mistura de épocas, fatos e personagens, num retrato ao mesmo tempo bem-humorado e crítico da República Velha, que parodia a estrutura dos livros didáticos. O volume traz caricaturas e charges feitas pelo autor.
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Manual do agricultor brasileiro
Carlos Augusto Taunay
Impresso pela primeira vez em 1839, esse manual não se limitou apenas aos assuntos agrícolas, pois ao prescrever medidas para dinamizar a economia escravista brasileira, apresentou uma série de propostas para os problemas mais agudos vivenciados pelo Império na primeira metade do século XIX.
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Ordenações Filipinas
Silvia Hunold Lara (Org.)
As Ordenações filipinas, promulgadas em 1603, são o mais bem-feito e duradouro código legal português. Contendo os dispositivos que definiam os crimes e a punição dos criminosos, seu Livro V explicita com nitidez a associação entre a lei e o poder régio.
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Projetos para o Brasil
José Bonifácio de Andrada e Silva
Além de "Patriarca da Independência", José Bonifácio de Andrade e Silva era um político preocupado em fazer da América um país moderno e civilizado. O fim da escravidão, a reforma agrária, o acesso de todos à educação compunham o ideário desse grande estadista.
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Retrato do Brasil
Paulo Prado
O libelo que, em sua época, provocou uma longa e acalorada polêmica por atacar o espírito ufanista que ciclicamente assolava o país e o impedia de enfrentar suas eternas mazelas.
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